Donald Trump. EFE/Arquivo/SAMUEL CORUM/POOL

Trump aumenta tarifas sobre a China para 125% “com efeito imediato”

Washington (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou nesta quarta-feira um aumento de 104% para 125% nas tarifas que impôs a produtos exportados pela China, “com efeito imediato”.

“Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de explorar os Estados Unidos e outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”, disse Trump em sua rede social, Truth Social.

A declaração foi dada no mesmo dia em que entraram em vigor as tarifas adicionais sobre vários países que foram anunciadas pelos EUA no último dia 2.

Entre elas está uma sobretaxa de 50% a importações procedentes da China, que elevavam a 104% o total de tarifas até a nova ordem feita hoje por Trump. Também estava incluída uma tarifa de 20% sobre produtos da União Europeia (UE), entre outras.

Ontem, o governo chinês ativou represálias para aumentar as tarifas contra os EUA, alcançando também o patamar de 104%, e afirmou ter “uma vontade firme” e “recursos abundantes” para responder “com determinação” se os Estados Unidos insistirem em “intensificar ainda mais suas medidas restritivas econômicas e comerciais”.

Pequim também acusou hoje os Estados Unidos, durante uma reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC), de violar as normas comerciais internacionais e de enfraquecer o sistema multilateral de comércio com suas chamadas tarifas recíprocas.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, lembrou em uma breve entrevista coletiva que, como ela já declarou em outras ocasiões, “quando alguém ataca os Estados Unidos, o presidente Trump responde com mais firmeza”.

O mandatário, no entanto, anunciou em sua mesma mensagem uma pausa de 90 dias na aplicação de tarifas para aqueles países que não apresentaram represálias contra seu plano tarifário.

“Autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma redução substancial na tarifa recíproca durante esse período, de 10%, também com efeito imediato”, declarou também no Truth Social, justificando sua decisão pelo fato de que mais de 75 países, segundo seus cálculos, entraram em contato com seu governo para negociar tarifas. EFE