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UE aprova contramedidas a tarifas dos EUA sobre aço e alumínio

Bruxelas (EFE).- Os Estados-membros da União Europeia deram sinal verde nesta quarta-feira às contramedidas propostas pela Comissão Europeia para responder às tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio, de acordo com fontes diplomáticas e confirmadas pelo Executivo da UE.

As fontes diplomáticas disseram que todos os Estados-membros, com exceção de um, votaram a favor das contramedidas. O país que votou contra foi a Hungria, como seu ministro das Relações Exteriores, Peter Szijarto, já havia declarado nas redes sociais.

“Hoje, a Hungria está votando contra a proposta da Comissão Europeia de impor contramedidas aos Estados Unidos. A escalada não é a resposta. Essas medidas causarão danos adicionais à economia e aos cidadãos europeus, aumentando os preços. O único caminho a seguir são as negociações, não a retaliação”, escreveu o diplomata.

A Comissão Europeia afirmou, em comunicado, que os Estados-membros votaram a favor da proposta do Executivo da UE de introduzir contramedidas comerciais contra os EUA.

“A proposta da Comissão foi feita em resposta à decisão de março dos Estados Unidos de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio da UE”, justificou a instituição.

O comunicado ressalta que a UE considera as tarifas dos EUA injustificadas e “prejudiciais”, e enfatizou que tais taxas de Washington causam “danos econômicos a ambos os lados, bem como à economia global”.

“A UE expressou sua clara preferência por encontrar resultados negociados com os EUA, que seriam equilibrados e mutuamente benéficos”, frisou.

Segundo a nota, o voto dos países significa que, assim que os procedimentos internos da Comissão Europeia forem concluídos e o ato de implementação for publicado, as contramedidas entrarão em vigor. A cobrança por meio das contramedidas da UE começará a partir de 15 de abril.

“Essas contramedidas podem ser suspensas a qualquer momento se os EUA aceitarem um resultado negociado justo e equilibrado”, comunicou Bruxelas. EFE