EFE/Arquivo/Miguel Toña

“Queremos dar esta medalha para Marta”, afirma Angelina sobre final contra os EUA

Paris (EFE).- A meio-campista Angelina, da seleção brasileira feminina, confessou nesta sexta-feira estar realizando um sonho ao disputar a final do futebol nos Jogos Olímpicos de Paris e afirmou que as jogadoras estão motivadas a vencer os Estados Unidos e dedicar a inédita medalha de ouro à craque Marta.

“Não é todo dia que se joga uma final, por isso estamos todos muito esperançosas. Queremos aproveitar o momento. Para nós, é um sonho realizado poder jogar com a Marta, poder chegar à final e que ela esteja em seus últimos Jogos Olímpicos com a oportunidade de conseguir a medalha de ouro. É um sonho realizado para todas nós e estamos muito emocionadas de ter essa oportunidade”, comentou Angelina, que nasceu nos Estados Unidos e veio muito jovem para o Brasil.

Depois de cumprir duas partidas de suspensão pela expulsão contra a Espanha, na última partida da fase de grupos, Marta estará novamente à disposição do técnico Arthur Elias para a final, embora não tenha a titularidade garantida, já que a seleção jogou muito bem contra França e Espanha na ausência da camisa 10.

“Queremos dar essa medalha para a Marta. Ele nos deu muito ao longo de sua carreira. Realmente, merece jogar a final e merece tere esta oportunidade de ganhar a medalha de ouro, por tudo o que fez por nós. Temos essa motivação de ganhar após o retorno da Marta, mas todas queríamos jogar a final, independentemente do que acontecesse”, comentou.

O Brasil já chegou à final olímpica duas outras vezes, mas em ambas foi derrotado pelos EUA, tanto em Atenas, em 2004, como em Pequim, em 2008.

“É um grupo com muito talento. Jogamos contra elas na liga americana, então sabemos do que são capazes. Acho que isso nos ajuda a jogar contra quem já conhecemos, então podemos estudá-las melhor. Estão construindo algo especial, assim como nós. A gente também está criando algo novo. Vai ser uma partida difícil, estamos nos preparando para isso”, antecipou a jogadora, que deixou de lado o ado do confronto.

“Não estamos pensando nas partidas anteriores contra os EUA. Estamos focando no presente e na oportunidade que temos pela frente. Não é algo negativo para nós, é positivo. Temos a oportunidade de jogar a final dos Jogos Olímpicos. O ado não importa. O que importa é o que vai acontecer amanhã. Esperamos conseguir a medalha de ouro”, concluiu.

Brasil e Estados Unidos se enfrentam na final feminina do futebol neste sábado, ao meio-dia (horário de Brasília), no estádio Parc des Princes. EFE