Dani Alves e sua advogada, Inés Guardiola. EFE/Arquivo/Andreu Dalmau

MP da Espanha recorre contra absolvição de Daniel Alves

Barcelona (EFE).- O Ministério Público da Espanha recorreu contra a absolvição de Daniel Alves no Supremo Tribunal do país, em uma petição na qual acusa o tribunal que o absolveu de ter “condenado moralmente” a vítima ao questionar sua confiabilidade, por meio de uma interpretação “completamente cruel e arbitrária” de uma prova biológica essencial.

Em sua petição, o promotor do Supremo Fidel Cadena argumenta que o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) interpretou erroneamente uma prova biológica ao afirmar que a reclamante tinha vestígios de sêmen de Daniel Alves na boca, o que contradiz a versão da jovem de que não praticou sexo oral no jogador.

Para a acusação, a conclusão do TSJC – que foi fundamental para a absolvição do brasileiro – é errônea, uma vez que os laudos periciais “deixam claro” que a presença do DNA do réu na boca da jovem “pode ​​ter sido resultado de beijos, compartilhamento de bebida alcoólica ou contato com células epiteliais diferentes das do pênis”.

Segundo o promotor, “a avaliação da prova pericial, a anulação da confiabilidade da testemunha” e a introdução da hipótese de felação “contra qualquer princípio científico” são “completamente arbitrárias e cruéis para a jovem, que foi moralmente condenada e considerada pouco confiável”. EFE