Bruxelas (EFE) – O alto representante da União Europeia para Assuntos Exteriores, Josep Borrell, celebrou a trégua de quatro dias que Israel e o grupo islâmico palestino Hamas iniciaram nesta sexta-feira, mas pediu que seja “estendida por um período mais longo”.
Borrell pediu que o cessar-fogo seja “totalmente implementado como um primeiro o para acabar com a terrível situação humanitária na Faixa de Gaza”, de acordo com um comunicado.
O chefe da diplomacia europeia também disse que o Hamas deve libertar “incondicionalmente” todos os reféns que capturou em 7 de outubro porque “ninguém deve negociar com vidas civis”.
Na mesma linha, acrescentou que a ajuda humanitária que poderá entrar no enclave durante a trégua deve chegar aos civis na Faixa de Gaza “sem condições”.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, o número de mortos superou 14.800, incluindo 4.000 menores de idade e 6.000 mulheres.
Borrel disse que a UE “lamenta” o grande número de mortes de civis, especialmente de mulheres e crianças, e reiterou que o direito de Israel de se defender deve ser baseado no direito internacional.
“Um horror não pode justificar outro horror. A atual espiral deve ser revertida, para o bem de ambos os povos”, argumentou.
Na visão de Borrell, “a violência dos colonos contra os palestinos na Cisjordânia é inaceitável, como já expressaram os ministros das Relações Exteriores do G7”. EFE