Javier Milei. EFE/Arquivo/Juan Ignacio Roncoroni

Milei confirma que ex-presidente do Banco Central argentino será seu ministro da Economia

Buenos Aires (EFE).- O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta quarta-feira que Luis Caputo, que foi presidente do Banco Central da República Argentina (BCRA), será seu ministro da Economia quando assumir a presidência em 10 de dezembro.

“Sim, sim, o ministro da Economia é Luis Caputo”, afirmou o presidente eleito em entrevista à emissora de rádio “La Red”, pouco depois de chegar a Buenos Aires após uma viagem aos Estados Unidos acompanhado, entre outros, pelo futuro ministro e por Nicolás Posse, a quem se referiu como “o chefe de gabinete”.

Milei, que se reuniu terça-feira em Washington com responsáveis ​​do governo de Joe Biden e do Fundo Monetário Internacional (FMI), observou que “as reuniões nos Estados Unidos foram extraordinárias, apresentamos o programa econômico que vamos encarar”.

“Estamos fazendo grandes progressos. A reunião com o Tesouro e o Fundo foi protagonizada pelo chefe de gabinete, Nicolás Posse, e Luis Caputo. Tenho o de como foi a reunião com o Tesouro, de que foram excelentes os resultados”, comentou Milei à “Radio Mitre”, outra das emissoras com a qual conversou no início da manhã.

Segundo o presidente eleito, “eles entendem perfeitamente os problemas da Argentina, estão muito compenetrados com o que tem a ver com as Leliqs (letras de liquidez)”, um instrumento de dívida do Banco Central que o futuro governo se propõe a eliminar.

O economista libertário, que venceu as eleições presidenciais contra o peronista Sergio Massa, atual ministro da Economia, afirmou que durante as reuniões na capital americana foram apresentados os desafios que tem pela frente e o programa econômico que implementará como presidente.

“Também apresentamos o nosso alinhamento internacional e recebemos uma proposta favorável”, destacou Milei em outra entrevista à rádio “Continental”.

“Mais uma vez expressamos a nossa posição histórica de estarmos alinhados com os Estados Unidos, Israel e o Ocidente”, acrescentou.

Neste sentido, destacou a “posição clara e contundente” expressada no âmbito do “conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas” e seu posicionamento no caso do conflito entre Ucrânia e Rússia.

“E também a nossa posição em relação aos BRICS (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)”, completou. EFE