Cidade do Vaticano (EFE).- O papa Francisco fez um apelo nesta quarta-feira para que a trégua no conflito na Faixa de Gaza continue para que todos os reféns possam ser libertados e mais ajuda humanitária possa entrar no enclave palestino.
Durante audiência geral realizada na Sala Paulo VI, o papa não leu a catequese e as saudações aos fiéis para não ficar muito cansado devido a uma inflamação pulmonar, mas quis ler o apelo para pedir paz na guerra na Faixa de Gaza e na Ucrânia.
“Continuemos rezando pela grave situação em Israel e na Palestina. Pela paz, por favor. Espero que a trégua em curso no país continue para a libertação de todos os reféns e o o à ajuda humanitária necessária”, disse Francisco com a voz debilitada.
O papa relatou que entrou em contato com a paróquia católica de Gaza, onde centenas de pessoas estão refugiadas, e que lhe disseram que “não há água, que falta pão”, e acrescentou: “As pessoas estão sofrendo, as pessoas simples, as pessoas do povo, sofrem”.
Em seguida, comentou que os únicos que não sofrem com a guerra são um grupo “que ganha muito: os fabricantes de armas, ganham muito dinheiro à custa da morte dos outros”.
Francisco tem aproveitado as audiências e as cerimônias do Angelus desde o início do conflito para pedir paz e durante a oração do último domingo celebrou que “finalmente há uma trégua entre Israel e a Palestina e alguns reféns foram libertados”.
“Rezemos para que todos sejam libertados o mais rápido possível: pensemos nas suas famílias. Que haja mais ajuda humanitária em Gaza e que insistamos no diálogo: é o único caminho, o único caminho para levar à paz. Quem não quer o diálogo não quer a paz”, destacou o papa na mensagem lida pelo seu colaborador.
Embora tenha sido anunciado ontem que o papa vai cancelar sua viagem a Dubai para participar da cúpula do clima COP 28 após conselho dos médicos, o pontífice manteve alguns eventos na sua agenda. EFE