Londres (EFE).- O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou nesta segunda-feira que os bombardeios do Reino Unido e dos Estados Unidos da última quinta-feira contra posições dos rebeldes houthis no Iêmen foram “limitados”, “necessários” e “proporcionais” e informou que 13 alvos destas milícias foram destruídos.
Sunak fez hoje um pronunciamento na Câmara dos Comuns para informar sobre as medidas militares das quais seu país participou no Iêmen em retaliação aos ataques dos houthis contra navios de diferentes nacionalidades no Mar Vermelho.
A operação militar de quinta-feira destruiu centros de lançamento de drones e mísseis balísticos houthis e não há evidências de que a intervenção tenha causado vítimas civis, acrescentou Sunak.
“Posso dizer hoje à Câmara que a nossa avaliação inicial é que todos os 13 alvos planejados foram destruídos. Até agora não vimos nenhuma evidência de vítimas civis, que tivemos muito cuidado em evitar”, disse o primeiro-ministro britânico.
Por razões de segurança, não foi possível informar antecipadamente o Parlamento sobre esta operação militar contra os houthis, mas o líder do opositor Partido Trabalhista, Keir Starmer, e a presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, foram avisados.
Sunak explicou que, desde 16 de novembro, os houthis lançaram 25 ataques “ilegais” e “inaceitáveis” no Mar Vermelho, uma das rotas marítimas comerciais mais importantes do mundo.
Legítima defesa
O premiê destacou ainda que o Reino Unido tomou medidas de legítima defesa e de defesa da liberdade de circulação marítima na região e alertou que as interrupções na agem dos navios ameaçam provocar um aumento dos preços no seu país.
“Tentamos resolver isto através da diplomacia. Depois de numerosos apelos internacionais para cessar os ataques, uma coalizão de países deu aos houthis um aviso claro e inequívoco há duas semanas”, explicou o chefe do governo britânico.
Especificamente, Sunak citou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU “que condena os ataques e destaca o direito das nações de defenderem os seus navios e preservarem a liberdade de navegação”.
“No entanto, os houthis continuaram no seu caminho imprudente”, lamentou.
Muitas companhias marítimas optaram nas últimas semanas por não ar pelo Mar Vermelho – um trânsito vital para o comércio entre a Ásia e a Europa – devido aos ataques dos houthis.
Várias empresas de transporte marítimo decidiram chegar à Europa atravessando o extremo sul do continente africano, com um enorme custo adicional, bem como mais 10 ou 12 dias de navegação.
Por sua vez, os houthis ameaçaram retaliar os interesses americanos e britânicos pelos atentados de quinta-feira. EFE