Jerusalém (EFE).- Pelo menos 113 habitantes da Faixa de Gaza foram mortos e 205 ficaram feridos no enclave nas últimas 24 horas por bombardeios de Israel, que atingiram com mais força as cidades de Khan Younis, no sul, e Deir al Balah, no centro.
Ao todo, 27.478 pessoas morreram e 66.835 ficaram feridas desde o início da guerra, em 7 de outubro do ano ado, de acordo com a última contagem do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo grupo islâmico Hamas.
A cidade de Khan Younis foi a mais visada pelas forças israelenses nas últimas horas, com pelo menos 14 civis mortos e dezenas de feridos chegando pela manhã ao Hospital Nasser da cidade.
No entanto, fontes médicas alertam que há dezenas de vítimas dos bombardeios das últimas horas em locais onde os serviços de resgate não conseguem chegar.
As tropas israelenses direcionando agora a sua ofensiva para o oeste da cidade, onde no domingo destruíram o principal quartel-general militar do Hamas no sul, com “bombardeios contínuos de artilharia” nos bairros de Al Amal, Al Katiba, Sheikh Nasser e Al Qaizan, além da área sul que leva à cidade de Rafah, onde há milhares de pessoas deslocadas.
Além disso, um cidadão foi morto e outro ficou ferido por disparos diretos de atiradores de elite israelenses dentro da escola Zahra, em Khan Younis, que abrigava dezenas de pessoas deslocadas.
No centro do enclave, pelo menos quatro civis foram mortos e dezenas ficaram feridos em um ataque combinado de aeronaves e artilharia contra uma casa em Deir al Balah, no bairro de Al Hakar, informou a agência de notícias oficial palestina “Wafa”.
“Os drones israelenses abriram fogo contra civis perto da ponte Wadi Gaza, na rua Salah al Din, no centro da Faixa de Gaza, causando várias vítimas”, detalhou a agência sobre a estrada que corta a Faixa de Gaza ao meio, de norte a sul, uma rota usada por pessoas que buscam segurança.
Em outro ataque a uma casa na área de Al Zawaida, ao norte de Deir al Balah, um bombardeio aéreo israelense matou oito palestinos, a maioria menores de idade, segundo fontes palestinas, enquanto o campo de refugiados de Nuseirat recebeu vários projéteis de artilharia.
Aviões de guerra israelenses também atacaram “intensamente”, de acordo com a agência de notícias, o bairro de Rimal, na Cidade de Gaza, enquanto navios de guerra dispararam contra a costa da cidade.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza alertou que os dados sobre mortos e feridos estão incompletos “devido à intensa agressão israelense, à repetida e completa interrupção dos serviços de comunicação e internet, à falta de combustível e à infraestrutura devastada, dificultando a documentação dos números”. A estimativa é que 8.000 corpos estejam desaparecidos sob os escombros. EFE