Israel Katz. EFE/Arquivo/KHALED ELFIQI

Israel pede que Argentina declare Guarda Revolucionária do Irã como “grupo terrorista”

Jerusalém (EFE).- O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, pediu nesta sexta-feira que a Argentina declare a Guarda Revolucionária Iraniana uma “organização terrorista”, após a decisão judicial de quinta-feira que responsabilizou Irã e Hezbollah pelo bombardeio de 1994 da Associação Mutual Israelense-Argentina (AMIA) em Buenos Aires, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

“Conversei com a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, e solicitei que a Argentina declare a Guarda Revolucionária do Irã como uma “organização terrorista”, disse Katz em comunicado.

O Irã é inimigo tanto de Israel quanto da Argentina e lidera, junto com o Hezbollah, a atividade terrorista na América do Sul e em todo o mundo. Essa decisão contra a Guarda Revolucionária será um o importante para impedir a agressão iraniana. Agora é a hora de frear o Irã”, disse o ministro.

Essas observações ocorrem no momento em que Israel se prepara para um possível ataque do Irã em retaliação ao bombardeio da embaixada iraniana em Damasco em 1º de abril, no qual sete integrantes da Guardas Revolucionária foram mortos.

De acordo com a imprensa israelense, espera-se que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, faça uma avaliação da situação de segurança em meio aos preparativos para um possível ataque, do qual também participarão o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro Benny Gantz.

Países como a França aconselharam nesta sexta-feira que seus cidadãos evitem viagens a Israel, Irã, Líbano e territórios palestinos devido ao “risco de escalada militar” nessa parte do Oriente Médio. Na mesma advertência, o governo francês também aconselhou as famílias dos diplomatas que estão em Teerã a retornarem à França. EFE