Jerusalém (EFE).- Os ataques e bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza mataram 51 pessoas nas últimas horas, entre elas um número indeterminado de civis tanto na Cidade de Gaza (norte) como em Rafah (sul), segundo informou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
“A ocupação israelense cometeu cinco massacres contra famílias na Faixa de Gaza, deixando 51 mortos e 75 feridos nas últimas 24 horas”, afirmou a pasta de Saúde palestina, que atualizou para 34.356 o total de mortos e para 77.368 o total de feridos em 203 dias de guerra.
Ontem à noite, aviões de guerra israelenses bombardearam uma casa pertencente à família Al Shawa, no bairro Al Rimal, na Cidade de Gaza, onde equipes de resgate e ambulâncias recuperaram os corpos de três vítimas sob os escombros, incluindo os de uma criança e de uma mulher, segundo informou hoje a agência de notícias palestina “Wafa”.
Segundo a agência, as vítimas e vários feridos foram transportados para o hospital Al Ahli Arab, o último centro de saúde ainda em funcionamento na Cidade de Gaza depois do cerco militar israelense ter deixado o hospital Al Shifa inoperante em março.
Os bombardeios também ocorreram nos bairros do norte de Zaytun, ao sul da Cidade de Gaza, e contra um edifício residencial na rua Al Wehda, no centro da cidade, causando a morte de outra pessoa, bem como um número indeterminado de feridos, acrescentou a “Wafa”.
Em Rafah, um pescador foi morto e outro ficou ferido, segundo fontes médicas palestinas, enquanto no centro do enclave, várias pessoas ficaram feridas em ataques aos campos de refugiados de Nuseirat e Bureij.
Ontem, segundo a rádio do Exército de Israel, a Brigada Nahal retirou-se da Faixa de Gaza após seis meses de combates, sendo substituída por duas brigadas com reservistas, em uma movimentação de tropas que a emissora militar descreveu como parte da preparação para uma invasão terrestre de Rafah.
O enclave palestino, de apenas 365 quilômetros quadrados, enfrenta sua pior crise humanitária devido a uma escassez extrema de alimentos, com quase dois milhões de pessoas deslocadas das suas casas e a maior parte do sistema de saúde destruído por ataques. EFE