Riad (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta segunda-feira em Riad que ainda não viu nenhum plano de Israel que garanta a proteção dos civis no caso de uma invasão na cidade palestina de Rafah, na fronteira com o Egito, enquanto segue sendo negociada no Cairo uma trégua que poderia travar a ofensiva.
“Na ausência de um plano que garanta que os civis não serão feridos, não podemos apoiar uma operação militar em grande escala em Rafah e ainda não vimos um plano que nos dê confiança de que os civis possam ser efetivamente protegidos”, disse Blinken durante uma sessão especial do Fórum Econômico Mundial, que acontece em Riad.
A potencial ofensiva de Israel em Rafah, onde cerca de 1,4 milhão de pessoas deslocadas pela guerra vivem em condições de sobrelotação, tornou-se uma linha vermelha para grande parte da comunidade internacional, embora esta operação possa ser adiada no caso de um cessar-fogo.
Uma delegação do grupo palestino Hamas chegou hoje ao Cairo para dar uma resposta ao plano egípcio alterado por Israel para que se estabeleça uma trégua, que inclui um cessar-fogo, bem como uma troca entre reféns capturados pelo movimento islâmico por prisioneiros palestinos nas prisões israelenses.
Sobre esta nova proposta de acordo, Blinken garantiu durante a sessão especial do Fórum Econômico Mundial que o Hamas tem em mãos uma proposta “extraordinariamente generosa” de Israel para concordar com uma trégua.
“Tem havido muitos esforços nos últimos meses para alcançar esse cessar-fogo para retirar os reféns. E neste momento, o Hamas tem diante de si uma proposta extraordinariamente generosa de Israel. E neste momento, a única coisa que permanece entre o povo de Gaza e um cessar-fogo é o Hamas”, destacou Blinken, que também agradeceu ao Catar e ao Egito pelo seu papel como mediadores.
O chefe da diplomacia dos EUA disse ainda que o Hamas tem de “decidir rapidamente” e manifestou sua esperança de que tome a “decisão certa”. EFE