Buenos Aires (EFE).- O presidente da Argentina, Javier Milei, manifestou-se nas redes sociais, como de costume, contra a greve geral que a Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal sindicato do país, convocou contra as suas políticas de ajuste e sua reforma econômica estrutural.
“Eu não paro” é a frase que o presidente ultraliberal publicou nas suas contas nas redes sociais X e Instagram, acompanhada de seu conhecido lema: “Viva la libertad, carajo”.
Além disso, Milei postou uma fotografia em que segura uma camisa esporte com a inscrição – impressa artificialmente –: “Não paro” e, em letras menores, “Coerência, por favor”.
Também no X, o ministro da Economia, Luis Caputo, falou sobre a segunda greve geral que a Argentina vive desde o início do governo Milei, em 10 de dezembro do ano o, e disse que “o sindicalismo está cada vez mais distante da realidade”.
“As pessoas já abriram os olhos e têm certeza de que só poderão sair deste desastre com esforço e sacrifício, não gastando mal o dinheiro dos contribuintes ou imprimindo pesos para que valham cada vez menos”, escreveu Caputo.
Por sua vez, a ministra da Segurança argentina, Patrícia Bullrich, fez um apelo em sua conta no X: “O aluno sem professor perde o futuro. O paciente sem médico pode ter consequências graves. As forças de segurança NÃO PARAM porque sabem que sua vida está em perigo. Se todos raciocinarmos assim, cada atividade é essencial. POR ISSO, NÃO PAREMOS HOJE”.
A Argentina vive uma greve geral de 24 horas desde a meia-noite desta quinta-feira, convocada pela CGT contra o que descreve como um “ajuste brutal” das políticas de Milei e as reformas incluídas na sua Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, que foi aprovada na Câmara dos Deputados e aguarda seu trâmite no Senado.
Dentre essas modificações estruturais, está uma reforma trabalhista, que inicialmente foi incluída no Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), promulgado em dezembro pelo presidente, depois barrada pela Justiça devido a um recurso da central sindical e finalmente modificada para sua inserção no novo texto da ‘Lei de Bases’. EFE