Yván Gil. EFE/Arquivo/Miguel Gutiérrez

Chanceler da Venezuela denuncia sanções que impedem país de pagar cotas na ONU

Caracas (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, denunciou nesta segunda-feira que as sanções internacionais estão impedindo o país de pagar suas cotas na Organização das Nações Unidas.

“Dentro das medidas coercitivas unilaterais, a Venezuela está sendo impedida inclusive de pagar suas cotas na ONU. Os esforços que temos feito para cumprir com as obrigações naturais de um Estado são impedidos porque o próprio sistema das Nações Unidas nos impede de depositar dinheiro nas Nações Unidas”, afirmou Gil.

Durante uma reunião do Grupo de Amigos da Carta das Nações Unidas, formado por 19 países, o ministro venezuelano afirmou que “a aplicação de medidas coercitivas unilaterais” – como o governo chavista costuma chamar as sanções – tem como objetivo “prejudicar um país” e “desacreditar todo um sistema”.

Com relação à reunião desse grupo de nações, realizada em Caracas, o ministro das Relações Exteriores venezuelano explicou que se trata de um “o importante na luta por espaços internacionais que promovam o multilateralismo e respeitem o mandato dos povos do mundo em sua busca por liberdade, direitos humanos e soberania”.

De acordo com o Observatório Governamental Venezuelano Antibloqueio, o país está sob 930 sanções, embora metade delas, 50,32%, sejam contra pessoas, ou seja, 468 medidas, segundo dados oficiais.

Em uma carta endereçada em janeiro de 2024 ao presidente da Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral do órgão, António Guterres, disse que alguns países, incluindo a Venezuela, estavam “em atraso” no pagamento de suas cotas financeiras.

Em novembro de 2022, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu a Guterres que permitisse que seu país recuperasse o direito de voto na Assembleia Geral da ONU, que havia perdido por não ter cumprido com suas contribuições devido às sanções. EFE