Jerusalém (EFE).- Os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza deixaram pelo menos 75 mortos nas últimas 24 horas, 21 deles em novos ataques contra campos de deslocados no oeste da cidade de Rafah, segundo o relatório desta quarta-feira do Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
Dessa forma, desde o início da guerra em Gaza, o número de mortos chegou a 36.171, 75% deles mulheres e crianças. Além disso, com os 300 feridos nas últimas horas, o total agora é de 81.420, números que as autoridades locais consideram desatualizados, uma vez que estimam que há pelo menos 10 mil pessoas sob os escombros.
Nem a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) da última sexta-feira, nem os pedidos da comunidade internacional tiveram qualquer efeito na ofensiva israelense em Rafah, onde os tanques entraram ontem no centro da cidade e os ataques persistem.
A agência de notícias palestina “Wafa” denunciou hoje novos bombardeios aéreos ao leste da cidade de Rafah que causaram a morte de um civil palestino e deixaram dezenas de feridos.
Por sua vez, o Crescente Vermelho palestino informou hoje que foi forçado a evacuar ontem um dos seus hospitais de campanha localizado em Rafah e transferi-lo para a área de Khan Younis, devido aos “contínuos bombardeios aéreos e de artilharia” que tem ocorrido em seus arredores.
Este centro hospitalar representava um reforço sanitário para o sul do enclave, onde todos os hospitais geridos pelo Ministério da Saúde de Gaza estão inoperantes, com exceção da Maternidade dos Emirados, no bairro de Tal al Sultan, no noroeste de Rafah.
Fontes locais confirmaram nesta quarta-feira à Agência EFE um ataque com projéteis a esta maternidade que, até o momento, não deixou vítimas, mas pode provocar a sua evacuação.
Do outro lado da frente de batalha, o Exército israelense comunicou a morte de outros três militares, de entre 20 e 21 anos, no contexto das operações em Rafah, o que eleva para 291 o total de baixas em suas fileiras desde o início da ofensiva israelense em Gaza.
Os três soldados foram mortos por uma explosão que ocorreu em um prédio com armadilhas, segundo o comunicado militar de Israel. EFE
