Berlim (EFE).- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou nesta sexta-feira que foi informado pelo governo americano de que o Exército ucraniano poderá usar armamentos recebidos dos Estados Unidos para atacar determinados territórios russos próximos à fronteira, e comemorou a decisão como “um o adiante” que melhorará a capacidade de defesa da Ucrânia.
“É um o adiante em direção ao objetivo sobre o qual falamos antes, que nos dará a possibilidade de defender as pessoas que vivem nos povoados ao longo da linha de fronteira”, disse Zelensky durante entrevista coletiva conjunta com os líderes dos países nórdicos em Estocolmo.
Pouco antes, o mandatário havia se referido à necessidade da Ucrânia de acabar com a hegemonia aérea russa, com Kiev pedindo mais sistemas de defesa aérea, um número suficiente de caças F-16 e a capacidade de neutralizar ataques inimigos na fonte, atingindo alvos dentro do território russo.
Zelensky disse que não poderia revelar mais detalhes sobre as condições sob as quais os Estados Unidos permitirão que a Ucrânia ataque o território russo com as armas que estão sendo enviadas.
Fontes do governo do presidente Joe Biden disseram à Agência EFE que a Casa Branca deu permissão à Ucrânia para atacar alvos militares dentro da Rússia que o Exército russo está usando para atacar a região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.
As forças russas abriram uma nova frente nessa região em meados deste mês com uma ofensiva lançada do lado russo da fronteira, de onde também atacam a capital regional de Kharkiv – a segunda maior cidade da Ucrânia – diariamente com mísseis, artilharia e bombas aéreas lançadas de aeronaves que não entram no espaço aéreo ucraniano.
Até o momento, os EUA e a maioria dos aliados da Ucrânia proibiram a Ucrânia de usar suas armas para atacar o território russo por medo de retaliação de Moscou. Mais de dez países suspenderam parcial ou totalmente essa restrição nas últimas semanas.
Perguntado se os caças F-16 que a Ucrânia deve começar a receber neste ano poderiam ser usados para atacar aeronaves russas que lançam bombas aéreas sem entrar no espaço aéreo ucraniano, Zelensky disse que a questão ainda não havia sido decidida. EFE