Jerusalém (EFE).- Pelo menos 40 pessoas morreram e outras 75 ficaram feridas em ataques lançados por Israel nas últimas 24 horas contra a Faixa de Gaza, de acordo com os últimos números do Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo Hamas.
Desde o início da guerra, há nove meses, 38.193 pessoas morreram e outras 87.903 ficaram feridas no devastado território palestino, alvo de bombardeios constantes do Exército israelense.
Além disso, as autoridades locais estimam que 10 mil corpos estejam soterrados sob os escombros, sem que as equipes de resgate tenham o aos mesmos.
As forças israelenses continuam pressionando em várias partes do enclave para alcançar seu objetivo expresso de eliminar o grupo islâmico Hamas e libertar os reféns raptados em 7 de outubro.
Centenas de famílias deixaram os bairros de Tuffah, Daraj e Cidade Velha da Cidade de Gaza (norte) e seguiram em direção ao oeste na madrugada desta segunda-feira, seguindo as ordens emitidas ontem pelo Exército de Israel, que lançou à noite uma série de bombardeios contra diferentes áreas da capital, segundo relatou a imprensa palestina.
Por outro lado, fontes palestinas indicaram que houve uma grande movimentação de pessoas das zonas circundantes para a sede da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) na cidade, onde os militares iniciaram uma operação ontem à noite.
“À noite, seguindo indicações de inteligência que apontavam a presença de infraestruturas, milicianos, armas e instalações de investigação e detenção do Hamas e da Jihad Islâmica na Cidade de Gaza, incluindo na sede da UNRWA, o Exército e o Shin Bet lançaram uma operação antiterrorista na área”, detalhou um comunicado militar nesta segunda-feira.
As tropas israelenses garantiram que antes da operação notificaram os civis de que o ataque iria acontecer, e acrescentaram que abrirão uma “rota definida” para facilitar a evacuação das pessoas.
No sul, as Forças Armadas israelenses continuam sua ofensiva contra Rafah, onde pelo menos uma mulher morreu e três dos seus filhos ficaram feridos em um bombardeio contra uma casa na área de Musabah, no norte da cidade.
“No último dia, as tropas do Exército e da Força Aérea agiram para eliminar mais de 30 terroristas que representavam uma ameaça”, afirmou um comunicado militar israelense.
A entrada de forças israelenses na cidade, onde se refugiavam mais de um milhão de palestinos deslocados, complicou ainda mais a distribuição de ajuda humanitária no enclave devastado após o fechamento da agem fronteiriça com o Egito, que está fechada desde o início de maio. EFE