Khan Yunis. EFE/HAITHAM IMAD

Mortes em Gaza sobem para 39.175 depois de mais 30 terem sido acrescentadas no último dia

Jerusalém (EFE).- Os ataques de Israel por terra, mar e ar continuam após 293 dias de guerra em uma Faixa de Gaza devastada que no último dia somou mais 30 mortos e ao menos 146 feridos, segundo informou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Assim, o número de mortos sobe para 39.175, a maioria mulheres e crianças, e o de feridos chega a 90.403; além dos milhares de corpos que permanecem sob os escombros sem poder ser resgatados devido à intensidade dos bombardeios israelenses.

O Exército israelense afirmou hoje em um comunicado que atacou cerca de “60 alvos terroristas” em todo o enclave palestino que está sob fogo israelense desde o início da guerra, há quase dez meses.

Em Khan Yunis, no sul da Faixa, as tropas continuam sua ofensiva pelo quarto dia consecutivo, onde desmantelaram cerca de 50 infraestruturas militares e mataram dezenas de combatentes, segundo um comunicado.

Além disso, hoje acusaram o Hamas de disparar “numerosos projéteis” a partir da zona humanitária de Mawasi, a oeste de Khan Yunis, que atingiram uma escola da agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), matando dois civis e ferindo vários deles.

A área de onde o grupo islâmico supostamente lançou os foguetes é o ponto para onde o Exército ordenou que os residentes e refugiados dos bairros orientais da cidade de Khan Yunis se deslocassem na última segunda-feira.

Desde então, mais de 129 palestinos morreram nesta nova ofensiva israelense, a maioria deles mulheres e crianças, e já há mais de 400 feridos, segundo as autoridades do enclave.

Na manhã de hoje, a imprensa local informou ataques de artilharia israelense nas proximidades do hospital Dar Al Salam, em Khan Yunis, enquanto o hospital Nasser, o mais importante nesta área, está à beira do colapso devido ao fluxo de feridos que não pare de chegar.

Além disso, fontes médicas indicam que as forças israelenses impedem que ambulâncias transportem os corpos encontrados nas estradas de Bani Suhaila, um dos bairros evacuados a leste de Khan Yunis e onde está acontecendo parte dos combates.

De acordo com os últimos dados fornecidos pelas autoridades do Hamas, desde o início da guerra, 16.251 menores de idade, 10.859 mulheres, 163 jornalistas e 500 profissionais médicos morreram em Gaza.

Cerca de 17 mil crianças ficaram órfãs e 3,5 mil correm o risco de morrer de fome. Também foram detectados mais de 70 mil casos de hepatites virais, agravados pela falta de material médico e pelos constantes deslocamentos forçados da população. EFE