EFE/Arquivo/ATEF SAFADI

Ataques israelenses em Gaza deixaram ao menos 115 palestinos mortos nas últimas 48 horas

Jerusalém (EFE).- Ao menos 115 palestinos morreram na Faixa de Gaza nos últimos dois dias devido aos ataques israelenses, enquanto outros 487 ficaram feridos, segundo informou, nesta terça-feira, o Ministério da Saúde do enclave, governado pelo Hamas.

Com eles, são 42.718 palestinos que perderam a vida em mais de um ano de guerra, dos quais quase 70% são mulheres e crianças, enquanto os feridos subiram para 100.282.

Esta contagem do Ministério não inclui os cerca de 10 mil corpos que permanecem entre os escombros e nas estradas ao longo de Gaza sem que as equipes de resgate tenham o a eles, principalmente por razões de segurança.

O boletim diário da pasta chegou hoje após um silêncio de 48 horas por parte das autoridades.

“A situação em Gaza é muito complicada. Não sabemos a que horas poderemos obter os números devido a problemas de comunicação, não existe um horário rígido”, explicou à Agência EFE um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, que também culpou o fluxo incessante de mortes.

Hoje, o número de feridos em Gaza desde 7 de outubro do ano ado ultraou a barreira dos 100 mil, enquanto as autoridades de Gaza lembram rotineiramente que mais de 12 mil precisam sair do enclave para receber tratamento.

“Quatro mortos e feridos foram recuperados após a ocupação israelense ter atacado a casa da família Madi e uma reunião de cidadãos junto à mesquita Hamza”, no norte de Rafah (sul de Gaza), informou hoje o porta-voz da defesa civil de Gaza, Mahmud Basal.

O ataque em Rafah é um dos mais recentes relatados pelas autoridades de Gaza, que também alertaram para novos bombardeios do Estado judeu no norte, onde mantém um duro cerco militar há 18 dias.

Segundo a agência de notícias palestina “Wafa”, ao menos oito palestinos foram mortos esta manhã no campo de refugiados de Jabalia, uma das áreas mais atingidas no norte, por um ataque israelense. EFE