Nações Unidas (EFE) – O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, parabenizou nesta quarta-feira o candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua vitória nas eleições e lembrou que a cooperação entre a ONU e o país “é um pilar essencial das relações internacionais”.
Guterres, que também elogiou a participação do povo americano na eleição de ontem, garantiu a Trump que a ONU “está pronta para trabalhar de forma construtiva com a próxima istração para enfrentar os desafios dramáticos que o mundo enfrenta”.
A brevíssima mensagem não cita nenhum dos “desafios”, mas entre eles o mais polêmico será o da mudança climática, uma das preocupações mais presentes no mandato de Guterres, mas que Trump tem repetidamente minimizado.
De fato, em novembro de 2020, o republicano cumpriu sua ameaça declarada anos atrás de se retirar do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a bem menos de 2 graus Celsius, de preferência 1,5 graus.
Hostilidade de Trump
Além disso, Trump realizou outro movimento sem precedentes de hostilidade contra a ONU, retirando os EUA da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pelo que chamou então de “sua extrema politização” e suposto viés anti-Israel.
O governo de Joe Biden, que sucedeu o de Trump em 2021, reverteu ambas as medidas, retornou à Unesco e voltou a participar dos acordos de Paris.
Outra medida de Trump que entrou em conflito com os princípios da ONU – e que Biden manteve nesse caso – foi a transferência da capital de Israel para Jerusalém, uma cidade que para a ONU é uma capital a ser compartilhada no futuro pelos dois Estados, Israel e Palestina.
Trump também reconheceu como israelenses as Colinas de Golã sírias, ocupadas por Israel em 1967 e consideradas como tal pelas Nações Unidas e pela maior parte da comunidade internacional. EFE