Genebra (EFE).- Pelo menos 97 pessoas foram mortas por ataques aéreos lançados por Israel contra o Líbano em um período de apenas três dias (entre a última sexta-feira e domingo), segundo denunciou nesta terça-feira o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.
Entre os mortos há oito crianças e 19 mulheres, disse o principal responsável dos direitos humanos da ONU, enquanto no Líbano a população tem esperança de que o governo de Israel e o grupo islâmico Hezbollah concordem hoje com um cessar-fogo.
Segundo informações verificadas pelo Gabinete de Direitos Humanos da ONU, sete paramédicos morreram nos últimos dias em três ataques israelenses no sul do Líbano.
Estas vítimas somam-se aos 226 profissionais de saúde mortos entre 7 de outubro de 2023 – dia do ataque do Hamas contra Israel que deu início à guerra na Faixa de Gaza – e 18 de novembro ado, uma cifra que inclui também trabalhadores dos serviços médicos mortos em ataques no território palestino.
Türk enfatizou que as ações militares israelenses no Líbano estão resultando na perda em grande escala de vidas civis, “incluindo o assassinato de famílias inteiras, deslocamentos generalizados e a destruição de infraestruturas civis”.
Nesse sentido, argumentou que todos estes fatos “levantam sérias dúvidas sobre o respeito pelos princípios da proporcionalidade, distinção (entre alvos militares e instalações civis) e necessidade (do ponto de vista dos objetivos militares)”.
O chefe dos direitos humanos da ONU também denunciou que o Hezbollah continuou a lançar foguetes contra o norte de Israel, causando vítimas civis.
“A maior parte destes foguetes são de natureza indiscriminada, o que prolonga o deslocamento de muitos civis israelenses, o que é inaceitável”, declarou, frisando que a única forma de acabar com o sofrimento da população é concordando com um cessar-fogo permanente e imediato em todas as frentes, isto é, as do Líbano, de Israel e de Gaza. EFE