Beirute (EFE).- Ao menos 4.047 pessoas morreram e 16.638 ficaram feridas no Líbano durante pouco mais de um ano de guerra entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah e a grande maioria das vítimas – cerca de 84% – ocorreu nos últimos dois meses de escalada bélica.
“Até agora, o saldo da agressão israelense é de 4.047 mortos e 16.638 feridos”, disse em entrevista coletiva o ministro da Saúde Pública llibanês, Firas Abiad, advertindo que “o número real pode ser maior” porque ainda há pessoas desaparecidas sob os escombros ou vítimas que não foram registradas.
Ele apresentou esses números uma semana após a entrada em vigor da frágil trégua no Líbano, que pôs fim temporariamente às hostilidades entre Israel e Hezbollah que começaram em 8 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza.
De outubro de 2023 a meados de setembro de 2024, a violência foi amplamente limitada às áreas ao longo da fronteira entre Líbano e Israel, embora o Exército israelense tenha realizado algum bombardeio “seletivo” contra altos funcionários do movimento palestino Hamas e do Hezbollah em áreas mais ao norte.
No entanto, em meados de setembro deste ano, Israel iniciou uma campanha de bombardeio sem precedentes contra grandes áreas do sul e leste do Líbano, bem como contra os subúrbios do sul de Beirute conhecidos como Dahye e até mesmo o centro da própria capital libanesa.
Segundo Abiad, 3.402 das 4.047 pessoas perderam a vida desde o início da escalada israelense, ou seja, 84%.
“É um caso semelhante para o número de feridos: cerca de 88% dos 16.638 ficaram feridos nos últimos meses de guerra”, disse o responsável da Saúde Pública libanesa.
O acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na madrugada de 27 de novembro, interrompeu provisoriamente uma guerra que, além disso, forçou cerca de 1,5 milhão de pessoas a abandonar suas casas, somente no Líbano. EFE