Bruxelas (EFE) – O presidente do Conselho Europeu, António Costa, conversou por telefone nesta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e destacou que em, um mundo multipolar, uma cooperação “mais estreita” entre União Europeia e Brasil “será uma força para o bem e beneficiará ambos os lados”.
O ex-primeiro-ministro português disse que espera poder organizar este ano uma cúpula entre UE e Brasil, que será a primeira em mais de dez anos.
O governo brasileiro declarou pouco depois, em comunicado, que os líderes concordaram em retomar as cúpulas entre Brasil e UE no primeiro semestre do ano, que o local escolhido é Brasília e que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também estará presente.
Lula e Costa concordaram que a cúpula deveria ser organizada “o mais rápido possível” e combinaram que suas equipes trabalhariam para “identificar uma data adequada”, disseram fontes europeias.
O presidente do Conselho Europeu aproveitou a conversa para parabenizar Lula por sua “liderança internacional” à frente do G20 e agora do grupo Brics.
Os dois líderes também concordaram em “trabalhar juntos” para garantir o sucesso da próxima Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30), a ser realizada em novembro deste ano em Belém.
Por fim, o presidente do Conselho Europeu explicou que a conversa também serviu para que ele e Lula falassem sobre paz e prosperidade global.
Fontes europeias explicaram que ambos enfatizaram a “importância crítica” de unir forças para “defender a democracia”, e Costa ressaltou que a guerra da Rússia contra a Ucrânia “ameaça a paz global”, além de destacar a necessidade de se alcançar uma paz “abrangente, justa e duradoura”.
As mesmas fontes disseram que Lula e Costa discutiram o “multilateralismo” como “a maneira mais eficaz de alcançar um mundo multipolar com paz e equidade”, e que enfatizaram que a aliança UE-Brasil é “mais importante do que nunca” em um mundo “cada vez mais multipolar”.
O presidente do Conselho Europeu também parabenizou Lula pelo recente acordo comercial entre UE e Mercosul, e os dois debateram sobre os “próximos os” para torná-lo efetivo. EFE