Washington (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu como uma “noite escura e extenuante” as últimas horas na capital após o acidente aéreo da noite de quarta-feira, quando um helicóptero militar e um avião comercial, com 67 pessoas a bordo, colidiram e caíram nas águas geladas do rio Potomac.
“Foi uma noite escura e extenuante na capital da nossa nação e na nossa história, uma tragédia de proporções terríveis. Como nação, lamentamos cada alma preciosa que nos foi tirada”, disse Trump, nesta quinta, em uma aparição na sala de imprensa da Casa Branca.
Ao entrar na sala lotada de jornalistas, o mandatário pediu um minuto de silêncio em memória às vítimas e disse que os Estados Unidos avam por horas de “angústia”.
“Somos uma família e hoje estamos todos de coração partido. Buscamos respostas naquele frio, frio Potomac. Era uma noite fria, uma água fria. Estamos sobrecarregados com a dor de tantos que pereceram tragicamente e não estarão mais conosco”, disse Trump.
Após algumas palavras de conforto, o presidente rapidamente atribuiu o ocorrido aos padrões estabelecidos pelos governos de Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025) na contratação de controladores de tráfego aéreo, com ênfase especial nos programas implementados por ambos os líderes para promover a diversidade.
“A istração Federal de Aviação (FAA) tem contratado trabalhadores com deficiências intelectuais graves, problemas psiquiátricos e outras condições mentais e físicas por meio de uma iniciativa de diversidade e inclusão”, disse.
Trump insistiu que quer “alguém intelectualmente superior” para controladores de tráfego aéreo e criticou os programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), que ele ordenou que fossem desmantelados mediante uma ordem executiva desde seu retorno à Casa Branca em 20 de janeiro.
Trump também anunciou a nomeação imediata de Chris Rocheleau, um veterano de 22 anos de experiência na FAA, como o novo da agência. Rocheleau precisa ser confirmado pelo Senado controlado pelos republicanos antes de assumir o cargo.
O presidente descreveu o acidente como uma “confluência de más decisões”, questionou a trajetória do helicóptero e o fato de estar na mesma altitude da aeronave comercial, apesar das condições de voo serem ótimas, com céu limpo e sem fortes ventos.
As autoridades descartaram hoje a possibilidade de haver sobreviventes do acidente, o mais grave nos Estados Unidos desde 2001.
Na noite de ontem, um helicóptero militar Black Hawk com três pessoas a bordo e uma aeronave comercial Bombardier CRJ700 da American Eagle, subsidiária regional da American Airlines, com 60 ageiros e quatro tripulantes, colidiram quando esta última se aproximava da pista 33 do Aeroporto Ronald Reagan (DCA).
As equipes de resgate, que trabalharam a noite toda nas águas geladas do Potomac, recuperaram 28 corpos e aram de uma missão de resgate para uma missão de recuperação, disseram as autoridades.
O Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington, onde o avião de Wichita, Kansas, deveria pousar, foi fechado após o acidente, mas reabriu às 11h (hora local). EFE