José Manuel Albares. EFE/Arquivo/OLIVIER HOSLET

Espanha diz que está trabalhando para fortalecer ainda mais relações com o México

Madri, 3 fev (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, falou nesta segunda-feira sobre as relações com o México, afetadas pelo fato do rei Felipe VI não ter sido convidado para a posse da presidente Claudia Sheinbaum, e garantiu que elas estão sendo desenvolvidas “ao mais alto nível” e que ele conversou com seu homólogo mexicano sobre fortalecê-las “ainda mais”.

Em uma entrevista coletiva em Madri com a presença de mais de 40 embaixadores espanhóis, Albares disse que conversa frequentemente com o secretário das Relações Exteriores do México, Juan Ramón de la Fuente.

No entanto, esclareceu que na agenda bilateral não está prevista até o momento nenhuma visita oficial.
Sobre se houve algum novo contato com o regime de Nicolás Maduro desde que tomou posse para um novo mandato a 10 de janeiro, o chefe da diplomacia espanhola afirmou que todos os contatos que mantêm “são públicos”, destacando que enquanto for ministro irá falar com o governo venezuelano e com a oposição.

O ministro espanhol também se referiu à guerra na Ucrânia: disse que não percebe nenhuma fissura dentro da UE em relação ao apoio a Kiev e lembrou que as sanções contra a Rússia acabam de ser renovadas.

Mas advertiu que se a Rússia perder, perderá a guerra, mas se a Ucrânia perder, a diferença é que este país “desaparecerá e o mundo ficará menos seguro”.

No plano interno, o ministro argumentou que a Espanha deve aumentar sua presença diplomática “de forma global e sistemática”.

Ele acredita que a Espanha deve estar presente em todos os países da África Ocidental e que o Oriente Médio e também a Ásia devem ser fortalecidos, “uma questão pendente”.

Também itiu ainda que não há novidades quanto à abertura das alfândegas nas cidades espanholas da costa africana – Ceuta e Melilla – com Marrocos, que continuam fechadas, e limitou-se a apontar que as duas partes continuam trabalhando para resolver os problemas técnicos que detectaram após a abertura prevista para 8 de janeiro, insistindo que a Espanha está “no melhor momento” de suas relações com este país. EFE