O hospital Gemelli, onde o papa está internado. EFE/Daniel Cáceres

Quadro clínico do papa é “complexo” e exige hospitalização adequada, diz o Vaticano

Cidade do Vaticano (EFE).- Os exames realizados nos últimos dias e nesta segunda-feira no papa Francisco “mostraram uma infecção polimicrobiana do trato respiratório que exigiu modificar ainda mais a terapia”, o que, segundo explicou o Vaticano, “exige uma hospitalização adequada”.

Através de um comunicado, o Vaticano sugeriu que Francisco permanecerá no hospital por mais alguns dias, após ter dado entrada na última sexta-feira no Hospital Gemelli, em Roma.

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, esclareceu que a mudança no tratamento não se deveu a um “agravamento”, mas sim a uma leitura dos exames realizados nos últimos dias, que mostraram uma avaliação mais completa da patologia, neste caso uma infecção polimicrobiana.

Por isso, não se falou em uma data para sua alta, esclareceu, ao mesmo tempo em que garantiu que o pontífice argentino “está de bom humor”.

Até o momento, o Vaticano anunciou que a audiência geral de quarta-feira foi cancelada, enquanto alguns meios de comunicação estão dizendo que o papa também não comparecerá à missa do Jubileu dos Diáconos no domingo, embora isso não tenha sido oficialmente confirmado.

Bruni havia afirmado anteriormente que Francisco descansou bem e ou “tranquilo” sua terceira noite no Gemelli.

“Ele tomou café da manhã e se dedicou à leitura dos jornais”, disse o porta-voz aos repórteres, enquanto se espera o próximo boletim médico, que será divulgado esta tarde.

Hoje também foi revelado que, apesar de estar hospitalizado, Francisco ligou para a paróquia da Sagrada Família, a única igreja católica da Faixa de Gaza.

“Ele nos ligou na sexta e no sábado, sua voz estava um pouco cansada, mas ele estava de bom humor e queria saber como estávamos”, afirmou um funcionário da paróquia a uma emissora de televisão do grupo italiano Mediaset.

O papa tem telefonado para a paróquia, onde estão refugiadas cerca de 600 pessoas, todos os dias desde o início da guerra, e quis manter o hábito mesmo durante sua hospitalização.

Francisco não entrou em contato com a paróquia ontem, domingo, mas já havia anunciado que descansaria nesse dia, segundo explicou a igreja, cujo pároco é o padre argentino Gabriel Romanell. EFE