Sergey Lavrov speaks durante uma coletiva nesta quinta-feira, em Moscou. EFE/PAVEL BEDNYAKOV/POOL

Rússia afirma que não permitirá mobilização de tropas europeias na Ucrânia

Moscou (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, assegurou nesta quinta-feira que Moscou não permitirá a mobilização de um contingente europeu na Ucrânia como parte das negociações de paz.

“Isso não significará uma participação híbrida, mas uma participação oficial e não dissimulada dos países da Otan na guerra contra a Rússia. Não podemos permitir que isso aconteça”, disse o chefe da diplomacia russa em uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo do Zimbabué, Amon Murwira.

Lavrov destacou que, independentemente da bandeira que as tropas destacadas na Ucrânia hastearem, “continuarão sendo tropas da OTAN”.

“Não vamos, categoricamente, ficar de braços cruzados e não fazer nada”, reforçou.

Segundo Lavrov, “não há espaço para concessões” na questão do envio de tropas ocidentais para a Ucrânia.

“Essa discussão está sendo conduzida com um propósito hostil”, comentou.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também reiterou nesta quinta-feira a recusa de Moscou em permitir um possível envio de forças europeias ao país vizinho.

“Por acaso, a Rússia pode aceitar isso? Podemos deixar essa questão em aberto sem respondê-la diretamente, porque a resposta é absolutamente óbvia”, declarou Peskov em sua entrevista coletiva diária por telefone.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou em um discurso à nação ontem que a Europa deve se rearmar diante da “ameaça russa” e das dúvidas sobre o comprometimento dos Estados Unidos com a segurança do continente.

Além disso, reiterou o plano de enviar tropas europeias para a Ucrânia como parte da proposta de solução do conflito com a Rússia. EFE