Bruxelas (EFE).- O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, pediu nesta sexta-feira que os debates entre aliados sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos aos seus parceiros comerciais sejam mantidas “separadas” e não interfiram no objetivo de defesa comum.
“No ado, vimos membros da Aliança discutirem questões além das de defesa que não afetam imediatamente a capacidade dos Aliados de cumprir sua missão de defesa comum”, disse Rutte em uma entrevista coletiva após uma reunião de dois dias de ministros das Relações Exteriores da OTAN.
Rutte considerou que estas são duas questões que “são realmente distintas”. “Devemos mantê-los separados e não deixá-los interferir em nossas discussões”, acrescentou.
O ex-primeiro-ministro holandês também afirmou que não considera que a escalada de tarifas entre aliados viola o Artigo 2 do Tratado de Washington, documento fundador da OTAN.
O artigo afirma que os aliados “buscarão eliminar conflitos em suas políticas econômicas internacionais e incentivarão a colaboração econômica entre algumas ou todas as partes”.
Rutte deixou claro que a tarefa dos ministros das Relações Exteriores nesta reunião era discutir defesa e que esse também era o papel deles, então ele se recusou a fazer mais comentários sobre as tarifas.
O secretário-geral enfatizou que os aliados estão focados em “garantir que a OTAN seja um território seguro”.
“Percebemos que há uma ameaça a longo prazo e desagradavelmente duradoura na Rússia, e acho que é aí que o foco deve estar”, comentou.
Rutte comemorou a abertura de negociações dos EUA com autoridades ucranianas e russas, quebrando um ime.
“Acho que eles fizeram isso, o a o, com muita força, mas também muito deliberadamente, e isso significa, obviamente, que a bola agora está na quadra da Rússia. Então temos que ver o que acontece”, disse.
De qualquer forma, afirmou que preferia “não interferir nessas conversas” com seus “comentários”.
“No momento, estou muito impressionado com a forma como os Estados Unidos estão conduzindo essas negociações e também com o fato de que eles estão mantendo os europeus e a Ucrânia envolvidos, obviamente, porque eles estão envolvidos e o país é deles”, observou. EFE