Moscou (EFE).- O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta terça-feira em Volgogrado, antiga Stalingrado, uma nova ordem mundial e uma arquitetura de segurança que proteja os países sem prejudicar os interesses nacionais de outros Estados.
“É importante criarmos juntos uma ordem mundial mais justa e multipolar com base no respeito aos interesses de cada (país)”, declarou o chefe do Kremlin na sessão plenária do fórum Grande Patrimônio – Futuro Comum.
De acordo com o chefe do Kremlin, a comunidade internacional deve trabalhar para criar “uma arquitetura de segurança igual e indivisível que proteja de forma confiável todos os Estados sem prejudicar os interesses de ninguém”.
Putin, acompanhado no evento pelo presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou que a Eurásia deve se tornar um exemplo de desenvolvimento econômico e social “sustentável”.
Por outro lado, criticou, sem mencionar nenhum país específico, as tentativas de alguns Estados de impor sua vontade a outros com base em sua “exclusividade”.
O governante russo também pediu que seja evitado o “renascimento do nazismo” e das ideologias russofóbicas e antissemitas. Nesse sentido, pediu a criação de uma comissão para a preservação da memória da vitória soviética sobre a Alemanha nazista.
Putin e Lukashenko chegaram a Volgogrado na véspera do 80º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, que a Rússia comemorará no dia 9 de maio.
Depois de deixarem flores no memorial em Mamaev Kurgan, uma colina dominada por uma gigantesca estátua da Mãe Pátria, os dois líderes fizeram um eio pela cidade e participaram do fórum.
Putin e Lukashenko, um aliado próximo do Kremlin na guerra na Ucrânia, se reunirão nesta tarde para discutir questões da agenda bilateral.
A viagem anterior de Putin a Volgogrado ocorreu há dois anos, por ocasião do 80º aniversário do fim da Batalha de Stalingrado, uma das mais sangrentas da história da humanidade.
Desde que chegou ao Kremlin, em 2000, Putin compareceu várias vezes ao aniversário da batalha que começou em 17 de julho de 1942 e terminou em 2 de fevereiro de 1943 com a rendição do marechal de campo Friedrich von Paulus, comandante do 6º Exército Alemão. EFE