Washington (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta sexta-feira que o Federal Reserve (Fed, banco central) reduza as taxas de juros, pois disse que a inflação se estabilizou e a situação do emprego se fortaleceu, “boas notícias” no que ele chamou de “estágio de transição” atual para a economia do país.
“A gasolina acabou de chegar a US$ 1,98 o galão, seu preço mais baixo em anos; os mantimentos (e ovos!) estão em baixa; a energia está em baixa; as taxas hipotecárias estão em baixa; o emprego está mais forte; e muitas outras boas notícias, já que bilhões de dólares estão entrando graças às tarifas”, declarou Trump em sua própria rede, Truth Social.
O mandatário republicano, que assumiu o cargo em janeiro, insistiu que os primeiros meses de seu segundo mandato são “uma fase de transição, que está apenas começando”, e que “os consumidores estão esperando há anos por preços mais baixos”.
“Sem inflação, o Fed deveria baixar suas taxas!”, advertiu.
Trump já pediu várias vezes ao Fed que reduza as taxas de juros, que atualmente estão em uma faixa de 4,25% a 4,5%. A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) para avaliar possíveis aumentos ou cortes ocorrerá em 6 e 7 de maio.
O presidente dos EUA também teve alguns confrontos acalorados com o chefe do Fed, Jerome Powell, contra quem ele reiterou seus ataques na terça-feira ada e que ele até ameaçou demitir, algo que a lei não permite.
O desemprego nos EUA permaneceu em 4,2% em abril, o mesmo nível de março, com a criação de empregos estável em 177.000 novos postos, ligeiramente acima da média de 12 meses, de acordo com o último relatório do Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) divulgado nesta sexta-feira.
No entanto, a incerteza e a volatilidade nos mercados causadas pela guerra tarifária de Trump se refletiram na maior economia do mundo, que teve uma contração de 0,3%, o primeiro número negativo em três anos. Enquanto isso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou o risco de recessão econômica no país de 25% para 40%. EFE