Washington (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira que o país deixará de bombardear os rebeldes houthis do Iêmen porque, segundo ele, eles decidiram “capitular” e parar seus ataques no mar Vermelho.
Trump fez os comentários durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, no mesmo dia em que EUA e Israel atingiram vários pontos de Sanaa, capital do Iêmen, em uma operação contra os houthis.
“Os houthis anunciaram que não estão bem; ao menos anunciaram para nós que não querem mais lutar. Eles simplesmente não querem lutar. E nós cumpriremos a promessa e interromperemos os bombardeios”, explicou.
“Eles capitularam, mas o mais importante é que acreditamos em sua palavra. Eles dizem que não vão mais explodir navios, e esse era o objetivo do que estávamos fazendo”, declarou Trump.
Lembrou que os EUA lançaram uma campanha de bombardeio contra os houthis porque o grupo, listado como terrorista pelo país, estava “derrubando (sic) muitos navios” no mar Vermelho.
Ao menos três pessoas foram mortas e 38 ficaram feridas em vários bombardeios israelenses e americanos em diferentes partes de Sanaa, incluindo o aeroporto e uma fábrica de cimento.
No entanto, o governo houthi em Sanaa afirmou hoje que o “apoio do Iêmen à Palestina não cessará” e que as operações militares contra navios no mar Vermelho que começaram em 2023 em resposta à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza continuarão.
O governo de Joe Biden iniciou uma campanha de bombardeio contra os houthis há mais de um ano em represália a seus ataques, que se intensificaram em 15 de março por ordem de Trump. EFE