Londres (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou nesta segunda-feira um plano para reforçar a política de imigração, incluindo mudanças nos requisitos de visto e o à cidadania britânica, e prometeu retomar o controle das fronteiras depois que os números de migração dispararam.
Starmer apresentou um documento sobre imigração em sua residência oficial em Downing Street, dez dias após a ascensão do partido populista de direita e anti-imigração Reform, liderado por Nigel Farage, nas recentes eleições locais na Inglaterra.
O primeiro-ministro britânico insistiu em encerrar um “capítulo sórdido para nossa política, nossa economia e nosso país” ao anunciar o plano, que inclui o aumento do período de residência exigido para estrangeiros no Reino Unido de cinco para dez anos antes que possam solicitar a cidadania britânica, bem como torna mais rigorosos os requisitos de visto para trabalhadores qualificados e não qualificados.
Os requisitos de proficiência em inglês para imigrantes também serão aumentados, estendendo-se aos dependentes adultos, o que significa que precisarão demonstrar proficiência básica em inglês, de acordo com o plano, cujos detalhes completos serão divulgados ainda hoje.
Segundo a proposta, apenas graduados universitários serão elegíveis para um visto de trabalhador qualificado, enquanto vistos especiais para funcionários do setor de cuidados e dependência serão eliminados.
Entre 2019 e 2023, a migração líquida – a diferença entre o número de estrangeiros que entram e saem – quadruplicou, até aproximadamente o equivalente à população de Birmingham, a segunda maior cidade do país, disse Starmer.
“Isso não é controle de imigração, mas sim um caos”, acrescentou o primeiro-ministro, que considerou que o atual sistema de imigração “foi quase projetado para o abuso”, uma vez que incentiva algumas empresas a contratar trabalhadores com baixos salários em vez de investir em “nossos jovens”. EFE