Mahmoud Abbas. EFE/Arquivo/NECATI SAVAS

Abbas pede desarmamento do Hamas e envio de força internacional a Gaza para cessar-fogo

Paris (EFE).- O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, quer que o Hamas entregue as armas e que uma força árabe e internacional seja enviada a Gaza com um mandato das Nações Unidas para garantir um cessar-fogo permanente.

Em uma carta aos co-presidentes da conferência de Nova York sobre o Oriente Médio, que acontece na próxima semana, Abbas também condena os ataques do Hamas de outubro de 2023 como “inaceitáveis ​​e condenáveis”.

Portanto, o presidente da ANP afirma que “o Hamas deve libertar imediatamente todos os reféns e prisioneiros”, afirma a carta, cujos trechos foram divulgados na terça-feira pelo Palácio do Eliseu.

“O Estado da Palestina está disposto a assumir a responsabilidade exclusiva pela governança e segurança na Faixa de Gaza com apoio árabe e internacional”, afirma.

“O Hamas deve deixar de controlar Gaza e entregar suas armas e capacidades militares às Forças de Segurança Palestinas, que supervisionarão sua retirada dos territórios palestinos ocupados”, acrescentou.

Também afirmou que a Palestina “está pronta para convidar forças árabes e internacionais para se mobilizarem como parte de uma missão de estabilização/proteção ordenada pelo Conselho de Segurança” da ONU.

Sua missão seria “apoiar nossas forças de segurança, fornecer proteção ao povo palestino, garantir que todos respeitem um cessar-fogo permanente e garantir a segurança de todas as partes”, explicou Abbas.

O presidente da ANP enfatizou que eles estão “prontos para concluir, dentro de um prazo claro e vinculativo, e com apoio, supervisão e garantias internacionais, um acordo de paz que ponha fim à ocupação israelense e resolva todas as questões pendentes e o status final”.

O objetivo é “alcançar uma paz justa e duradoura, baseada nas resoluções relevantes das Nações Unidas, nos Termos de Referência de Madri, incluindo o acordo Terra por Paz, e na Iniciativa Árabe de Paz”.

Abbas afirma que o Estado palestino “deve ser o único provedor de segurança em seu território, mas não tem intenção de ser um Estado militarizado” e, portanto, “está disposto a trabalhar em acordos de segurança benéficos para todas as partes, respeitando plenamente sua soberania”.

A conferência internacional para promover a solução de dois Estados está agendada para os dias 17 e 20 deste mês em Nova York, com o objetivo de promover o reconhecimento mútuo de Palestina e Israel no Oriente Médio, juntamente com outros compromissos que permitam o progresso rumo à paz na região. EFE