Cidade de Gaza (EFE).- Pelo menos 53 palestinos, incluindo mulheres e crianças, morreram desde a meia-noite desta terça-feira em novos ataques lançados pelo Exército de Israel contra o norte e o centro da devastada Faixa de Gaza, segundo confirmaram fontes médicas à Agência EFE.
No campo de refugiados de Jabalia, no norte, agora em ruínas, pelo menos nove pessoas morreram depois que um bombardeio israelense atingiu uma casa de família, disseram as fontes.
As tropas do Exército de Israel também atacaram uma escola na Cidade de Gaza que servia de abrigo para palestinos. Esse atentado matou pelo menos 13 pessoas.
Em Deir Al Balah, no centro da Faixa, um bombardeio teve como alvo um posto de gasolina perto do campo de refugiados de Nuseirat, que no momento do ataque abrigava civis deslocados, deixando pelo menos 15 mortos.
Entre as vítimas deste ataque, segundo indicaram fontes médicas, estão quatro membros de uma mesma família.
Israel vem conduzindo uma intensa campanha de bombardeios há pouco mais de uma semana como parte de sua nova ofensiva terrestre, batizada de “Carruagens de Gideão”, com a qual planeja tomar mais território no enclave palestino.
Ontem, segunda-feira, o Exército israelense ordenou a evacuação de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, a segunda maior cidade do enclave, e bombardeou o depósito de suprimentos do Hospital Nasser, uma das poucas instalações que ainda está parcialmente operacional.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou ontem que assumirá o controle de “todas as áreas da Faixa de Gaza” e que seu governo permitirá uma entrada “mínima” de ajuda humanitária no enclave para continuar a ofensiva.
O número de mortos desde que Israel iniciou a guerra em Gaza em outubro de 2023 já ultraou 53.475, a maioria mulheres e crianças, enquanto o total de feridos está próximo de 121.400, muitos dos quais sofreram amputações e ainda correm risco de morte. EFE