EFE/HAITHAM IMAD

Sobe para mais 1.000 o número de mortos em Gaza desde que Israel rompeu o cessar-fogo

Jerusalém (EFE).- O número de mortos na Faixa Gaza desde que Israel rompeu o cessar-fogo nas primeiras horas de 18 de março subiu para 1.001 nesta segunda-feira, depois que o Ministério da Saúde do enclave, liderado pelo Hamas, registrou 80 novas fatalidades nos últimos dois dias.

Outras 305 pessoas ficaram feridas nos ataques lançados por Israel nas últimas 48 horas, elevando para 2.359 o total de feridos desde 18 de março.

Desde 7 de outubro de 2023, dia em que Israel lançou sua retaliação contra o ataque do Hamas dentro do território israelense (no qual quase 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 sequestradas), morreram 50.357 moradores de Gaza, enquanto outros 114.400 ficaram feridos.

O diretor da unidade responsável pela contagem do número de mortos em Gaza, Zaher al-Waheidi, também destacou em conversa com a Agência EFE que, do meio-dia de domingo até esta segunda-feira, durante o primeiro dia do Eid al-Fitr (celebração que marca o fim do Ramadã, mês sagrado do islamismo), 53 pessoas morreram em ataques.

“Seis civis, incluindo crianças, foram mortos e outros ficaram feridos quando uma aeronave israelense bombardeou um grupo de pessoas no centro de Khan Younis (sul)”, relatou a agência de notícias oficial palestina “Wafa”, sobre um dos últimos ataques registrados na segunda-feira.

O gabinete de imprensa do governo também denunciou ataques aos serviços de saúde em Gaza, apenas um dia depois de equipes do Crescente Vermelho Palestino, da Defesa Civil e do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) terem encontrado os corpos enterrados de 14 paramédicos que estavam desaparecidos há dias após terem sido atacados pelo Exército israelense.

Dias antes, um primeiro corpo havia sido encontrado na mesma área (no bairro de Tal al Sultan, em Rafah, no sul), vítima do mesmo ataque, pertencente ao líder da missão da Defesa Civil no local.

O Exército israelense ordenou nesta segunda-feira a evacuação da área de Rafah, bem como de outras cidades e bairros vizinhos, antes de novos ataques.

“Para sua segurança, devem se transferir imediatamente para abrigos em Al Mawasi”, disse em um comunicado o porta-voz em árabe do Exército israelense, Avichay Adraee, referindo-se ao que Israel chama de área humanitária, mas que não foi poupada de ataques. EFE