Volodymyr Zelensky. EFE/Arquivo/OLIVIER MATTHYS/POOL

Zelensky denuncia que drone russo atingiu usina nuclear de Chernobyl

Kiev (EFE).- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou nesta sexta-feira, poucas horas antes da reunião agendada com o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, que um drone russo carregado com explosivos atingiu uma estrutura que evita vazamentos na usina nuclear de Chernobyl, no norte de seu país, e que, embora os danos sejam significativos, os níveis de radiação não aumentaram até agora.

“Esta estrutura de proteção foi construída pela Ucrânia em conjunto com outros países da Europa e do mundo, junto com os Estados Unidos, junto com todos aqueles que estão comprometidos com a verdadeira segurança da humanidade. O único país do mundo que ataca essas infraestruturas, ocupa usinas nucleares e faz guerra sem levar em conta as consequências é a Rússia”, escreveu Zelensky em sua conta na rede social X.

O presidente ucraniano explicou que a estrutura em questão foi danificada pelo ataque russo, uma vez que o impacto causou um incêndio que já foi extinto.

“Neste momento, os níveis de radiação não aumentaram e estão sendo constantemente avaliados. De acordo com avaliações preliminares, os danos na estrutura de proteção são significativos”, acrescentou o presidente ucraniano.

Segundo Zelensky, a estrutura protege o quarto reator da usina de Chernobyl, que foi destruído na explosão que causou a catástrofe nuclear de 1986, a mais grave da história da humanidade.

Zelensky declarou ainda que a Rússia é “uma ameaça terrorista para o mundo inteiro” e denunciou que o Exército russo “realiza tais ataques contra infraestruturas e cidades ucranianas” todas as noites.

“Isso significa que, definitivamente, Putin não está pronto para negociar, ele está se preparando para continuar enganando o mundo”, completou o presidente ucraniano, que pediu mais pressão internacional sobre a Rússia.

Antes de Zelensky anunciar este incidente, a Força Aérea ucraniana havia relatado a derrubada de 73 drones Shahed iranianos e outros modelos em várias regiões da Ucrânia. EFE