Jerusalém (EFE).- Pelo menos 40 pessoas morreram nesta segunda-feira depois que tropas de Israel bombardearam cinco centros de acolhimento, incluindo duas escolas, onde quase 30 mil deslocados se refugiavam em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
“Eram considerados centros seguros e o Exército de ocupação havia pedido aos cidadãos para se refugiarem neles. Depois, cometeu ali um massacre que deixou muitos mártires”, disse hoje em comunicado o porta-voz do governo de Gaza, controlado pelo Hamas.
Segundo fontes médicas, pelo menos 40 civis chegaram mortos ao hospital de Nasser, além de um número ainda indeterminado de feridos, devido a ataques de mísseis e artilharia pesada.
O número total de mortos nesses ataques é desconhecido, mas o Ministério da Saúde de Gaza, também controlado pelo Hamas, reportou 190 mortos e 340 feridos nas últimas 24 horas, aumentando o saldo total para 25.295 mortos e 63.000 feridos após 108 dias de guerra na Faixa.
Dois dos locais atacados foram as escolas Khalidiya e Al Mawasi, a oeste de Khan Younis, onde o pessoal médico do Crescente Vermelho palestino informou que as forças israelenses impediram a chegada de ambulâncias.
“As ambulâncias não podem levar os feridos para Khan Yunis”, lamentou a organização em um comunicado, no qual alertou que perdeu completamente o contato com suas equipes no local devido à ofensiva terrestre.
Tanques e veículos militares israelenses também isolaram o complexo médico Al Nasser e o hospital Al Amal, onde pelo menos outros 20 civis morreram após um bombardeio, relatou hoje a agência de notícias oficial palestina “Wafa”.
A área ao redor da Universidade Al Aqsa, a oeste de Khan Younis, onde também há pessoas deslocadas, também foi bombardeada por caças, segundo a mesma agência. EFE